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A Campanha Empregos para o Clima nos últimos meses – Um resumo das atividades

Vivemos num momento de múltiplas crise estruturais, de um acentuar dos efeitos das alterações climáticas sentidos nos territórios e na vida dos trabalhadores e trabalhadoras por todo o país, e de uma crise social provocada por um aumento da inflação e subida generalizada dos preços, em grande parte devido ao aumento do preço dos combustíveis fóssies (e particularmente do gás fóssil).

Agora mais que nunca, de extrema relevância, a sociedade civil e os movimentos sociais avançaram com um plano e propostas políticas, que ao contrários daquelas que têm vindo a ser apresentadas pelo atual e anteriores governos, seja dirigido pelas pessoas e para as pessoas.

E é por isso que 2023 tem sido um ano cheio para a Campanha Empregos para o Clima. E não queremos ficar por aqui!

A campanha de Empregos para o Clima, que acenta em 4 princípios, apresenta propostas para travar a crise climática, criando serviços públicos e milhares de empregos dignos, de forma a assegurar uma Transição Justa, e Democracia Energética

 

Novas Organizações Apoiantes da Campanha

Nos últimos meses juntaram-se à campanha a Scientist Rebellion Portugal, a Ecomood, o Sindicato das Indústrias, Energias e Águas de Portugal, a Frente Ativa de Libertação Animal (FALA), e  o Grup of Artists for Change (GARFO).

A campanha conta agora com um total de 28 organizações apoiantes.

Grupos de Trabalho: atividades

No Final de 2022, a campanha sofreu um processo de re-estruturação, organizando-se agora num modelo com foco em Grupos de Trabalho, autónomos e com os seus próprios planos de atividade.  De momento, os grupos ativos são:

De seguida está apresentada uma listagem das atividades públicas dos Grupos de Trabalho, desdo momento da sua criação, no final de 2022.

Grupo de Trabalho Energia Pública Renovável:

As  atividades do Grupo de Trabalho começaram com a produção de um panfleto sobre um Serviço Público de Energias Renováveis e organização de várias distribuições do mesmo. Como objetivo de informar a nossa reivinidicação traduzimos o sumário executivo de um relatório da Federação Europeia de Sindicatos da Função Pública sobre a necessidade de democratização da energia, e de uma viragem do setor para o domínio público. No âmbito desta tradução organizámos uma sessão pública de discussão do relatório, a qual contou com a presença, online, da autora do relatório. Nesta sessão anunciámos publicamente o projeto de escrita de um relatório, que pretende desenvolver a proposta de criação de um Serviço Público de Energias Renováveis. No âmbito investigação para a escrita do relatório sobre um Serviço Público de Energias Renováveis produzimos também uma série de imagens para divulgação da “Agenda Sindical para um Futuro Público e de Baixo Carbono”, assinda por mais de 30 sindicatos por todo o mundo.

No final de Fevereiro, organizámos algumas ações de distribuição de panfletos na semana contra a Pobreza Energética em conjunto com o Movimento Vida Justa, e em Março, organizámos uma sessão pública para discutir as problemáticas de pobreza energética, requalificação de edifício e eficiência energética.

Com o apoio do coletivo Habita! produzimos uma série documental de nome “Casa, Energia, Vida”. Após o lançamento, organizámos uma mostra da série documental, onde abrimos uma conversa de “Reflexões sobre o inverno que passou: como não repetir um cenário de crises de custo de vida?”.

 

 


Grupo de Trabalho Transportes Públicos e Mobilidade:

Este Grupo de Trabalho produziu um panfleto reivindicando uma rede de transportes públicos gratuitos e para todos, e organizou uma palestra sobre transportes públicos e mobilidade na Escola Artística António Arroio.

Para além disso, participámos, em solidariedade, na acampada dos trabalhadores dos bares dos comboios da CP em Santa Apolónia. Tivemos o enorme prazer de conversar com alguns dos trabalhadores em luta sobre as suas situações e reivindicações. Estes são trabalhadores de transportes públicos, cujos postos de trabalho foram entregues aos “mecanismos de mercado” que falharam mais uma vez. A empresa privada que geria os bares ficou com dívidas a várias entidades, inclusive, desde Fevereiro, aos trabalhadores, e abandonou-os. Os trabalhadores, por sua vez, exigem emprego digno e público. A luta deles é uma luta por Empregos para o Clima: empregos públicos em setores que cortam as emissões.

 

Grupo de Trabalho Transição Justa para Sines e Alentejo Litoral: 

As atividades deste Grupo de Trabalho começaram com a produção de autocolantes e sua distribuição em Sines. Mais tarde, lançámos a primeira edição do boletim “Verde Justo”. O Grupo de Trabalho pretende com o boletim trazer às comunidades locais textos com temáticas de relevância social, ambiental, económica e climática, sobre assuntos que diretamente dizem respeito a Sines, ao Alentejo Litoral e às pessoas que aqui vivem. Este foi primeiramente distribuído no corso de carnaval de Sines, e mais tarde na Repsol em Sines, e na na Manifestação organizada por Dunas Livres no 25 de Abril em Grândola, assim como diversas vezes pela cidade.

 

Em Março organizámos um evento de discussão e análise do passado e futuro da  Central Termoelétrica de Sines, que contou com a de um ex-trabalhado da central, de um sindicalista, de investigadores e ativistas. No âmbito deste evento traduzimos parte do relatório Verdadeiras cores: Que papel pode o hidrogénio desempenhar na transição para um futuro de baixo carbono?, da TUED, de forma a informar o debate à cerca dos projetos de Hidrogénio pensados para a antiga central.

Produzimos também uma série de panfletos e imagens sobre as temáticas abordadas no Relatório Por uma Transição Justa para Sines.

Artigos e Publicações

A campanha, e os ativistas que a integram, continuam a fazer um esforço ativo na procura, partilha, e produção de conteúdo relavante para as problemáticas que trabalhamos. Assim, estes últimos meses procurámos marcar presença regular nos meios de comunicação, através da produção de artigos de opinião, de análise política, entre outros.

-Emprego digno numa economia descarbonizada: mobilidade partilhada: https://www.empregos-clima.pt/emprego-digno-numa-economia-descarbonizada-mobilidade-partilhada-sinan-eden/

-Plano Ferroviário Nacional até 2050 – promessas de 2020: https://www.empregos-clima.pt/plano-ferroviario-nacional-ate-2050-promessas-de-2020-goncalo-paulo/

-É necessária uma gestão coerente para a ferrovia em Portugal: https://www.empregos-clima.pt/e-necessaria-uma-gestao-coerente-para-a-ferrovia-em-portugal-goncalo-paulo/

-Evitar as cheias: não há adaptação para o colapso climático: https://expresso.pt/opiniao/2022-12-08-Evitar-as-cheias-nao-ha-adaptacao-para-o-colapso-climatico-9e89e056

-Precisamos de um serviço público de energias renováveis: https://www.publico.pt/2023/01/08/azul/opiniao/precisamos-servico-publico-energias-renovaveis-2033757

-Saiba como baixar a sua conta da eletricidade: https://www.publico.pt/2023/02/18/azul/opiniao/saiba-baixar-conta-eletricidade-2039068

-O maior lucro de sempre da Galp faz-nos passar frio: https://gerador.eu/o-maior-lucro-de-sempre-da-galp-faz-nos-passar-frio/

-Entrevista à Leonor Canadas na versão impressa da revista Activa de Abril, sobre a campanha e a reivindicação do Grupo de Trabalho de Energia Pública Renovável

-Casas para viver, e um planeta também: https://gerador.eu/casas-para-viver-e-um-planeta-tambem/

-Qual foi a lição que Costa deu à Galp?: https://expresso.pt/opiniao/2023-04-18-Qual-foi-a-licao-que-Costa-deu-a-Galp–6707a948

-Eletricidade 100% renovável até 2025 : https://www.empregos-clima.pt/eletricidade-100-renovavel-ate-2025-manuel-araujo-e-leonor-canadas/

Sessões Públicas e Formações

A campanha Empregos para o Clima procura desempenhar também um papel formativo, de partilha e geração de conhecimento comum através de debate informado, aberto e participativo. Por isso, para além das sessões públicas organizadas ao nível dos Grupos de Trabalho, continuamos com muito gosto e entusiasmo a participar em sessões públicas e debates organizados por outras organizações e coletivos, assim a aceitar pedidos para formações.

Nos últimos meses apresentámos a campanha e o trabalho que estamos a fazer nas sessões Entra no Clima organizadas mensalmente pelo Climáximo, e em Fevereiro Encontro Nacional pela Justiça Climática. Tivemos o prazer de nos juntar ao painel de debate sobre Trabalho e Justiça Climática no dia 25 de Janeiro, organizado pela Práxis, no âmbito da tradução pata Português do relatório produzido pela Confederação Europeia de Sindicatos. Realizámos também ao longos dos últimos meses várias formações e conversas a convite da Greve Climática Estudantil e do Movimentos Fim ao Fóssil: OCUPA!, e formações a convite da NOVA SBE sobre Ciência Climática e Empregos para o Clima.

Ainda tivemos o enorme prazer de organizar uma formação a convite do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), no dia 5 de Abril. Na parte de manhã, exposémos o consenso científico sobre a emergência climática e apresentámos algumas ferramentas para encontrar informação atualizada sobre a ciência climática e as políticasenergéticas. Na parte da tarde, discutimos o conceito da Transição Justa e a campanha Empregos para o Clima. Com isto, abrimos um debate sobre formas de intervenção sindical pela justiça climática nos locais de trabalho e a nível nacional.

Tivemos a honra de em Abril participar na conferência organizada pelo Pulitzer Center e Universidade de Coimbra “Clima e Trabalho – Unindo Diferentes Mundos”. O paine tinha como tópico Direitos Laborais e Direitos Climáticos: Umas discussão sobre Justiça, e discutimos entre outras coisas “que mudanças precisamos de implementar para garantir que os direitos laborais não desapareçam no futuro próximo”.

 

A  Campanha Empregos para o Clima participou também na discussão do Novo Modelo Energético de The Left, numa conferência no Parlamento Europeu.

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