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Empregos para o Clima: e se ganharmos?

Portugal orgulha-se de ter metas muito ambiciosas em relação aos outros países do mundo. É verdade que os compromissos do governo português levar-nos-iam a um aquecimento de 3.2ºC enquanto as políticas internacionais apontam para 3.5-4.5ºC, dependendo do país.

Contudo, depois de um aumento de 2ºC, o aquecimento torna-se irreversível e o caos climático fica fora do nosso controle. Esta linha vermelha dum planeta habitável faz com que todas as relativizações se tornem irrelevantes. Se um carro cair dum abismo, não interessa se ia a uma velocidade de 150 km/h ou 200 km/h. O que importa é não cair no abismo.

Uma verdadeira liderança climática passa por políticas compatíveis com a meta de limitar o aquecimento global a 2ºC. O relatório da campanha Empregos para o Clima mostra o caminho: 100 mil novos empregos no sector público, nas áreas com impacto directo nas emissões, podem cortar as emissões por 60-70% em 10-15 anos.

Esta campanha existe em vários países.

Se ganharmos em Portugal, o mundo inteiro vai perceber que é possível ter uma verdadeira política climática. Os movimentos sociais vão inspirar-se. As instituições vão aprender com o nosso exemplo. E os governos não vão ter mais desculpas pela sua inacção. Se ganharmos, vamos mostrar ao mundo que travar a crise climática é possível. Isto sim, será a verdadeira liderança climática mundial, e será uma obra da sociedade civil e da luta.

1 comentário em “Empregos para o Clima: e se ganharmos?”

  1. gosto da ideia, mas como criar 100.000 empregos públicos?
    metade teria de ser demitido, ou ter formação, ou mudar de um lado para o outro. há muitas pessoas sub aproveitadas que podem ver valorizadas, mas tb os que deveriam ir fora!

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