No âmbito do Pacto Ecológico Europeu foi criado um Fundo para uma Transição Justa em dezembro de 2020. O Fundo prevê um total de 17,5 mil milhões de euros para o período de 2021-2027. A Portugal foram alocados 224 milhões de euros, dos quais o governo vai dirigir 74 milhões para Sines, apontando para medidas ao nível da formação e reconversão profissionais, empreendedorismo e do apoio à contratação dos trabalhadores afetados
Há muitas expectativas de que o Fundo combata realmente a perda de emprego. Estas expectativas são falsas. O Fundo está disposto a pagar formação profissional, reconversão profissional e assistência na procura de emprego. (Mas o Estado já faz estas coisas). O Fundo não está disposto para financiar reformas antecipadas ou regimes de compensação especial para os trabalhadores despedidos. No setor energético, a comunicação inicial da Comissão
Europeia excluía expressamente apoios aos combustíveis fósseis. Entretanto, no início de fevereiro de 2022, a Comissão alargou os critérios de financiamento verde para incluir centrais a gás.
Neste sentido, é equívoco que o Fundo para uma Transição Justa pode realmente servir como alavanca para construir uma sociedade justa e sustentável.
Outro futuro e transição energética são possíveis. Lê o relatório para saber mais e junta-te à Campanha e ao Grupo de Trabalho “Por uma Transição Justa em Sines” – um grupo autónomo e aberto a participação individual, assim como de pessoas representantes de organizações apoiantes ou não da campanha. O GT com base local quer representar as vontades e necessidades dos trabalhadores
e comunidades de Sines e do Litoral Alentejano, procurando construir um movimento social mais forte na luta por uma transição justa, e pelo fim das crises sócio-económicas e climáticas que enfrentamos.
Podes saber mais sobre como te envolver na campanha aqui: https://www.empregos-clima.pt/envolve-te/