Com o encerramento da refinaria de Matosinhos, a refinaria Galp de Sines destaca-se como a única refinaria de produtos petrolíferos em Portugal. E o encerramento da refinaria de Matosinhos mostra-nos a forma errada de fechar infraestruturas.
A Galp não tem planos publicamente acessíveis de transição justa para a refinaria. Questionada sobre o assunto, a administração refere o lítio, hidrogénio verde e biocombustíveis, mas sempre como novos projetos e nunca como planos de reconversão da refinaria. Os novos projetos da Galp podem trazer lucros “verdes”, mas não cortam as emissões nem esclarecem o que aconteceria aos 500 trabalhadores da refinaria.
Simultaneamente (e controversialmente), para os novos investimentos a Galp precisa de apoio público e fundos europeus; mas para encerrar infraestruturas, é preciso apoio do Estado para encontrar novas soluções. Só quando é para distribuir lucros (mais de 400 milhões de euros em 2022) é que a Galp não precisa da ajuda do Estado.
Outro futuro e transição energética são possíveis. Lê o relatório para saber mais e junta-te à Campanha e ao Grupo de Trabalho “Por uma Transição Justa em Sines” – um grupo autónomo e aberto a participação individual, assim como de pessoas representantes de organizações apoiantes ou não da campanha. O GT com base local quer representar as vontades e necessidades dos trabalhadores e comunidades de Sines e do Litoral Alentejano, procurando construir um movimento social mais forte na luta por uma transição justa, e pelo fim das crises sócio-económicas e climáticas que enfrentamos.
Podes saber mais sobre como te envolver na campanha aqui: https://www.empregos-clima.pt/envolve-te/