Num comunicado enviado à agência Lusa, a campanha, que abrange várias associações, movimentos sociais e ambientalistas e sindicatos, defende que a MFS, situada na cidade de Moura, distrito de Beja, “deve ser nacionalizada, garantindo emprego digno para os trabalhadores e energia limpa para o país”.
Neste sentido, refere, o Governo deve “intervir no processo” e “nacionalizar a fábrica” para nela “produzir painéis solares para montar” em edifícios públicos, nomeadamente escolas.
Segundo a campanha, atualmente, os edifícios públicos “estão a comprar energia a empresas privadas, o que faz com que o dinheiro público sirva interesses privados”.
No entanto, defende, se comprarem painéis “financeiramente acessíveis” a uma empresa pública, “que não se foca no lucro”, os edifícios públicos, “em poucos anos, tornar-se-iam energeticamente independentes, poupando custos de energia”.
A MFS vai fechar “não porque não faz lucro, mas porque não faz lucro o suficiente”, afirma a campanha, frisando que a empresa proprietária, a ACCIONA, anunciou que o seu parceiro tecnológico que geria a fábrica vai “transferir a sua produção para fábricas na Ásia”.