12 de Junho, das 15h00 às 18h30
Liceu Camões
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A campanha Empregos para o Clima junta o movimento climático e o movimento laboral por um plano social de transição justa, para combater a crise climática e a crise de desemprego e precariedade ao mesmo tempo. O novo relatório da campanha, lançado no passado 29 de Maio, mostra que é possível criar mais de 200 mil novos empregos dignos nos sectores-chave como energia, transportes, edifícios, indústria, agricultura, economia circular e floresta, para cortar as emissões em Portugal 85% em 10 anos.
Partes do relatório foram já apresentadas no 6º Encontro Nacional pela Justiça Climática (nomeadamente a energia, transportes, agricultura e economia circular).
Na conferência 200 mil Empregos para o Clima, vamos ir ao fundo e debater a transição justa como um assunto social, político, estratégico e técnico. Em sessões paralelas e em plenários, vamos discutir vários temas abordados no relatório e na campanha.
Inscrições aqui e abaixo.
Programa
15h00 |
Plenário inicial: Empregos e Clima. A mesma luta. |
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15h30 |
Há dinheiro para evitar o colapso climático? |
Falsas soluções versus Empregos para o Clima |
16h45 |
Valorizar o trabalho e os trabalhadores |
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18h00 |
Plenário final: Como ganhar? |
Programa Detalhado
Mais informações em breve.
Plenário inicial: Empregos e Clima. A mesma luta.
com a equipa editorial do relatório
Por um lado, não há empregos dignos num planeta morto: num clima em colapso, toda a vida torna-se precária. A luta pelo justiça climática é a luta por uma vida digna para quem trabalha.
Por outro lado, combater a crise climática dá muito trabalho: a transição energética não é algo que vai acontecer a nós; é algo que nós vamos fazer. Por isso, sem emprego digno, não há nenhuma transição.
O relatório da campanha Empregos para o Clima constrói pontes entre a luta laboral e a luta climática.
Falsas soluções versus Empregos para o Clima
com Paulo Pimenta de Castro (Acréscimo); Francisco Furtado (International Transport Forum); Maria Mesquita (Climáximo) ; Vasco Santos (Movimento SOS Terras do Cávado)
A política energética neoliberal desenhada e liderada pelas empresas multinacionais e os governos que as representam prioriza manter o paradigma actual extractivista. Focadas no lucro, estas propostas geram dinheiro sem um impacto significativo nas emissões. Pelo contrário, a campanha Empregos para o Clima põe no centro as pessoas e o planeta e propõe verdadeiras soluções.
Nesta sessão, vamos falar sobre alguns exemplos concretos em agenda pública como a biomassa e lítio, e apresentar soluções reais por uma transição energética.
Há dinheiro para evitar o colapso climático?
com Ricardo Paes Mamede (ISCTE); Eugénia Pires (CoLABOR); João Reis (ISCTE); Beatriz Rodrigues (Climáximo)
Será que é demasiado caro mantermo-nos vivos?
Neste sessão, especialistas vão reflectir sobre as seguintes perguntas: Quanto custa a continuação da civilização humana como a conhecemos? Há dinheiro para os Empregos para o Clima? Onde podemos encontrá-lo?
Valorizar o trabalho e os trabalhadores
com Daniel Carapau (Precários Inflexíveis) ; Hugo Dionísio (CGTP-IN) ; Alice Gato (Climáximo, moderadora); Inês Nobre (Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza); Sónia Rocha (Sindicato dos Professores do Norte)
Cuidar do nosso planeta e das nossas sociedades dá muito trabalho. Mudar os sistemas de produção, distribuição e consumo vai dar ainda mais trabalho porque implica construir de novo uma boa parte da economia. Um plano governamental de Empregos para o Clima é um plano social para valorizar o trabalho e os trabalhadores.
Nesta sessão, activistas do mundo laboral vão partilhar as dificuldades actuais urgentes e as soluções.
Plenário final: Como ganhar?
com Sinan Eden (Climáximo); Inês Galvão (Greve Climática Estudantil) ; Diogo Martins (Greve Climática Estudantil)
Deixar os governos e as empresas a escreverem planos continua a resultar num desfoco social. Para pôr as pessoas e o planeta no centro da transição justa, precisamos de estratégias e tácticas em todos os frentes: nos locais de trabalho, na negociação colectiva, nas políticas públicas, e nas ruas.
O tempo é escasso e a luta urgente. Neste plenário, activistas de várias organizações vão debater possíveis para intervenção social e política por uma transição justa e rápida.