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Empregos para o Clima: para Soberania Energética

Actualmente, só um quarto da energia consumida em Portugal é oriunda de fontes renováveis – incluindo todas as barragens. Ou seja, 75% da energia consumida em Portugal vem dos combustíveis fósseis. Tudo isto é privado.

O relatório da campanha Empregos para o Clima mostra o caminho para um Portugal 100% renovável, criando dezenas de milhares de empregos públicos no sector energético. Um mix energético sustentável e compatível com a ciência climática implica desmontar algumas das barragens, encerrar todas as centrais a combustíveis fósseis e dedicar investimento público às energias solar e eólica.

No fim desta transição, não só teríamos energia limpa para as pessoas mas também teríamos controle público sobre a energia produzida e consumida: mesmo sem nacionalizar nenhuma empresa, só substituindo a fatia de 75% da energia fóssil por energias renováveis públicas, podíamos tirar três quartos do setor energético da lógica do lucro e pô-los ao serviço das populações.

Uma política forte e coerente na direcção da transição justa pode influenciar as empresas petrolíferas a investir em energias renováveis. Ao mesmo tempo, devemos apostar na eficiência energética para reduzir o consumo energético. Ou seja, não precisaremos da mesma quantidade de energia no futuro, e uma parte da transição para as renováveis pode aleatoriamente ser segurada pelo sector privado. Estes dois factores podem reduzir a fatia das empresas públicas no sector energético para dois terços (em vez de três quartos). Mesmo com esta correção conservadora, podemos seguramente dizer que uma verdadeira transição justa é também um passo grande para a soberania energética e democracia energética em todos os países, tirando o lucro da equação e inserindo a óptica de serviço público no sector energético.

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