Parece impossível imaginar um futuro onde não dependamos de transporte individual para viver a nossa vida. Ao mesmo tempo o sector dos transportes é responsável por um quarto das emissões de gases de efeito estufa em Portugal e a poluição atmosférica associada ao transporte rodoviário é maior em Portugal do que o recomendado pela Organização Mundial da saúde.
Numa altura onde estamos com dificuldade de pagar as nossas contas sofremos também com o aumento dos preços dos bilhetes dos transportes públicos. É necessária uma transição para um sistema onde nos possamos transportar de maneira mais limpa, seguro e gerando emprego digno e público.
É necessário um plano nacional que seja capaz de colmatar as necessidades das pessoas ao mesmo tempo que corta emissões. Esse plano tem que abranger todo o país com o seu corpo principal feito de ferrovia ligeira, rodeado por transporte rodoviário público, coletivo e elétrico. Uma rede extensiva, intermunicipal e integrada de metro e elétricos é o nosso ponto de partida nas grandes cidades, à qual se devem acrescentar autocarros elétricos e opções públicas de mobilidade partilhada, complementadas ainda por opções mais leves como bicicletas e viagens a pé.