A principal razão para querer um milhão de empregos num Serviço Nacional do Clima gerido pelo governo é simples. Queremos garantir a todos aqueles que deixarem de ter um emprego associado a grandes emissões de carbono, um novo emprego permanente com o mesmo salário. Queremos fazê-lo porque é justo, mas também porque se não fizermos esta proposta vamos dividir sindicatos e comunidades. Não será fácil conseguir um milhão de empregos, por isso precisamos de todo o apoio possível.
Se prometermos empregos em empresas privadas ou em cooperativas, todos saberão que se trata de uma mentira. A única promessa credível é a de um emprego gerido por um Serviço Nacional do Clima.
Ainda assim, muita gente quer que exista espaço para cooperativas, grupos comunitários e pequenas empresas. Isto é razoável, e haverá espaço para isso.
Haverá cerca de 50 mil empregos indiretos na cadeia de fornecimento e muitas oportunidades para as pequenas empresas nessa área.
Um papel óbvio para os grupos comunitários e cooperativas é a gestão de parques eólicos e de energia das ondas e das marés. O Serviço Nacional do Clima teria a tarefa de fabricar e instalar as turbinas. Este trabalho é sobretudo fabril, e por natureza centralizado. No entanto, se os grupos comunitários gerirem e repararem estes parques eólicos, aumentará o apoio local à energia eólica e dará às comunidades o poder de decidir sobre como e onde funcionarão.
Será também pertinente que as assembleias locais criem emprego na comunidade para a renovação de edifícios. No entanto, estes postos diminuirão ao longo do tempo e os empregados terão que ter a possibilidade de ser transferidos para os sectores energético e dos transportes.
É também fácil pensar em mais oportunidades para as cooperativas. Se alcançarmos cem mil de empregos, teremos a oportunidade de experimentar mais soluções. Ainda assim, precisaremos sempre que a maioria dos empregos seja no sector público, e a promessa imutável de que a segurança laboral será assegurada.